quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
A maleabilidade de escrever o pensamento
Hoje quase não escrevo ou rabisco como costumava fazer há alguns anos atrás.
Mas o fato é que os textos nunca desapareceram de minha mente.
Fica tão claro isso quando me pego de manhã, no caminho do trabalho fazendo um balanço de minha vida, vivendo e revivendo coisas do passado, que muitas vezes sou capaz de jurar que tal atividade, a de pensar insistentimente, seja uma prática de construção de um livro de memórias ou crônicas que estou construindo.
As vezes concedo a ausência de escrita, a ausência de leitura de livros de histórias que fazia muito quando meu ofício se resumia em ilustrar e construir a capa de muitas histórias como fiz no passado. Confesso ainda que não sei ao certo atribuir qualidade ao sentimento que me causa essa escreveção em pensamentos que venho praticando desde que, na mesma profissão que exercia a quatros anos atrás, porém em vertentes diferentes.
Me faço recordar tantas coisas e histórias que me perco nos rumos que a vida toma ao longo dos anos. E não dá pra ficar só contestando, aplicando ou fornecendo idéias desconstruídas e escrever aqui por exemplo detalhes de minha vida.
Nas escreveçõe matinais e nas letradas que faço, pouco antes de dormir, deixa claro que o fato de pensar tanto, se deve ao fato de querer algo.
Mas seria algo físico? Material?
Estou apenas voltando, aos poucos e bem aos poucos nessa arte poética da escreveção. Não estou preparada pra perguntas difíceis, mas estou preparada sempre pras fortes emoções.
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